"É minha segunda vez aqui. Estou feliz e muito agradecida".
Para Mirim estava na frente da casa Guarani e arrumava os produtos que trouxe para vender aos visitantes. São cestos e esculturas, essas últimas feitas pelo filho dela. Já os cestos ela faz desde os oito anos. Também é de pequena que ela tem um sonho:
- Quero ser enfermeira para poder cuidar das crianças e idosos. Mas agora sou professora. Vou terminar a pedagogia e depois estudar enfermagem.
Ela está no começo do curso e no dia 26 faz sua estreia como professora de português, inglês e arte. Vai dar aula aos adultos na Educação para Jovens e Adultos, o EJA da aldeia em que vive, a Rio Silveira, no litoral norte de São Paulo.
- E tens mais algum sonho?
- Gostaria que fosse como era antes, de viver mais na aldeia e menos na cidade. As crianças gostavam de cantar, mas agora está tudo diferente. As crianças não gostam mais. Hoje é muito celular, TV e isso estraga nossas crianças.
- E Para Mirim, o que significa seu nome?
- É mar grande.