No dia 16 de julho, o povo Guarani Mbyá traz uma demonstração da “Mbya reko vy'a guarani - jakaru porã”, em português “A festa da comida boa” para a XVI Aldeia Multiétnica. Essa festa não tem uma data específica para acontecer tradicionalmente, mas acontece sempre na celebração do ano novo Guarani, no mês de setembro, e também em janeiro, quando são celebrados os batismos e são oferecidos vários pratos especiais da cultura Guarani. Na Chapada dos Veadeiros, o grupo guiado pelo Cacique Adolfo Werá Mirim, da Aldeia Rio Silveira, traz mais uma vez a força e os cantos deste povo.
O povo Guarani Mbyá
No Brasil, o povo Guarani se divide em três subgrupos: Ñandeva, Kaiowá e Mbyá. Os Guarani Mbyá se autodenominam Ñandeva ekuéry – “todos os que somos nós”. Mesmo com semelhanças, cada subgrupo Guarani se diferencia e se destaca por costumes, organização política e social, rituais e expressões linguísticas. Tekoá, na língua Guarani, pode ser traduzido em português como “aldeia”. Para os indígenas, têm o significado de “o lugar onde podemos ser o que somos”. O tekoá reúne condições geográficas e ecológicas compatíveis ao modo de ser e viver tradicional Guarani Mbyá. Entre elas, floresta preservada, água boa, terra produtiva para as roças e privacidade para um bom espaço de moradia e realização de seus costumes e práticas espirituais. Habitam a região meridional da América do Sul, em um amplo território, no qual se sobrepõem estados nacionais paraguaios, brasileiros, argentinos e uruguaios.